Estela amava, mas não era amada.
Imaginava que a separação seria mesmo inevitável, mas ainda assim, insistia no relacionamento.
Numa noite, ele voltou tarde mais uma vez e ela iniciou uma discussão, que ele encerrou aos berros, alegando que precisava dormir, pois teria que acordar cedo no dia seguinte.
A contragosto, ela se calou. Mas por dentro, não calou as mágoas. E começou a chorar. Chorou como nunca tinha chorado antes.
Quando amanheceu, ele se surpreendeu: ela não estava na cama. Procurou-a pela casa e nada. As roupas continuavam lá, tudo estava igual. Mas ela, onde estaria? Enquanto pensava, sentou-se na cama e só então percebeu o colchão molhado de um lado só. Estela permanecia ali, mas aos poucos se evaporava; tinha se desfeito em lágrimas por aquele amor.
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