sábado, 13 de novembro de 2010

Crônica/29

Rotina

Acordo e me arrumo rapidamente. Tenho destino certo e uma missão: chegar no horário marcado.
Para isso, enfrento uma batalha; uma batalha por espaço. Além do esforço envolvido em minha missão, também preciso contar um pouco com a sorte, e a sorte, se você não sabe é assim: um dia está com você, no outro dia, não está.
Entro num ambiente fechado, com pouco ar e muitas pessoas. Gente que me empurra, me pisa, e, claro, me aperta por todos os lados. Todos. Mal posso respirar.
Chego ao meu destino, salva, mas não muito sã. A mente já está cansada e o dia mal começou. Eu estou com cheiro de outras pessoas. Meu cabelo está desarrumado, minhas roupas estão amassadas. Acabo de ter mais uma experiência única e um tanto íntima com um bando de pessoas desconhecidas.
Algumas horas após o embate, é chegado o momento de fazer novamente o que faço todos os dias (para chegar ao trabalho e para voltar ao conforto do lar): pegar mais um metrô lotado.

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