Pôr do sol no Arpoador e Humberto estava lá, como um bom admirador. O lugar estava cheio. Casais se abraçavam, crianças corriam para lá e para cá, turistas tiravam fotos.
No meio desse cenário, ele a viu. Estava em pé numa das pedras, com os braços abertos. Logo, ele começou a fitar aquela moça de longos cabelos castanhos, em seu vestido azul celeste.
Ela parecia concentrada, mas subitamente virou-se e o viu. Humberto assustou-se, não esperava ser notado. Por um momento, ela abaixou os braços e lhe sorriu. Humberto sorriu de volta. E foi nessa hora em que ela tornou a abrir os braços e levantou voo, plena, por sobre o mar.
Humberto olhou ao redor para ver a reação das pessoas. Entretanto, ninguém além dele tinha visto aquele anjo voltando para o céu.
Um comentário:
Lindo!
Cada um sabe a importância dos anjos que encontra pela vida e ele deve ter sido feliz em não ter partilhado a imagem de seu anjo com ninguém. Já que foi algo tão curto e, ao mesmo tempo, tão pleno que seja mesmo só dele...
Adorei!
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