Tatyana França, aspirante a escritora, decidiu fazer seu próprio projeto literário. Assim, nasceu o Nulla dies sine linea: 09 meses de textos nos mais variados estilos. O desafio foi cumprido: nenhum dia sem postar, de 14 de março a 14 de dezembro de 2010!
domingo, 25 de julho de 2010
Crônica/17
Não sei se isso se encaixa exatamente no estilo "Crônica", mas bem, é assim que aparecerá aqui :) Ah, e hoje é dia do escritor! (por isso o tema...)
Escrevo
Escrevo.
Escrevo para contar o que vi e o que não vi.
Escrevo para dizer o que penso e o que não penso, para narrar, descrever, rimar, fazer rir, emocionar.
Escrevo o que ouvi, o que não ouvi e o que gostaria de ouvir.
Escrevo porque minhas mãos e minha mente pedem para brincar com as palavras. Escrevo durante a manhã, a tarde, a noite e também a madrugada.
Escrevo para exclamar, reclamar, observar ou perguntar.
Escrevo para os amigos e para os desconhecidos, para os vivos e para os mortos, para todos e para mim.
Escrevo cartas, postais, e-mails, contos, poesias, listas malucas e comuns.
Escrevo enquanto estou acordada e também enquanto estou sonhando.
Escrevo o que eu gostaria de ler.
Escrevo por instinto.
Escrevo porque é uma necessidade, porque me dá tesão.
Escrevo para dividir as idéias. Ou multiplicá-las.
Escrevo para ser lida.
Escrevo mentalmente – e muitas vezes a minha memória apaga o que escrevi.
Escrevo na areia da praia, em panfletos e na palma da mão.
Escrevo para dizer que tenho saudades.
Escrevo para ser lembrada.
Escrevo para espantar o tédio.
Escrevo para não fazer terapia.
Escrevo para exorcizar meus demônios.
Escrevo porque tenho paixão.
Escrevo porque é gostoso como tomar sorvete numa tarde quente.
Escrevo para contar a vida ou deixar que ela me conte.
Escrevo para me encontrar ou me perder, para me afirmar ou me criar.
Escrevo porque foi para isso que nasci e porque é o que amo de amor.
Escrevo para me sentir feliz.
Escrevo porque sou escritora.
Escrevo.
Chronicle/17 - I write
I write.
I write to tell what I saw and what I didn’t see.
I write to say what I think and what I don’t think, to narrate, to describe, to rhyme, to make somebody laugh, to thrill.
I write what I heard, what I didn’t hear and what I would like to hear.
I write because my hands and my mind ask for play with words.
I write in the morning, in the afternoon, in the night and in the dawn.
I write to exclaim, to claim, to observe or to ask.
I write for friends and for strangers, for alive and for dead people, for everybody and for me.
I write letters, postcards, e-mails, tales, poetry, crazy and common lists.
I write while I’m awake and while I’m dreaming too.
I write what I would like to read.
I write for instinct.
I write because it’s a necessity, because it turns me on.
I write to share ideas. Or multiply them.
I write to be read.
I write mentally – and so many times my mind erases what I wrote.
I write on sand beach, on pamphlets and on my hand palm.
I write to say I miss somebody.
I write to be remembered.
I write to frighten tedium.
I write for not to do therapy.
I write to exorcize my own demons.
I write because I have passion.
I write because is delicious like take an ice cream on a hot afternoon.
I write to tell life or let life tells me.
I write to find or lose myself, to affirm or create me.
I write because I was born to do this and it’s what I really love.
I write to feel happy.
I write because I’m a writer.
I write.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Escrever é muito bom. Quando eu era adolescente adorava escrever poemas, músicas, textos... Parei não sei pq. Gostei muito do texto. Parabéns. Volte sempre no meu cantinho. Beijinhos.
Postar um comentário