Tatyana França, aspirante a escritora, decidiu fazer seu próprio projeto literário. Assim, nasceu o Nulla dies sine linea: 09 meses de textos nos mais variados estilos. O desafio foi cumprido: nenhum dia sem postar, de 14 de março a 14 de dezembro de 2010!
sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Poesia/73
O dia se passou tão claro
Claro como os olhos teus
E eu já não estava certo
De ter que te dizer "adeus"
E nesse dia tão bonito
Belo demais para uma despedida
Te olhei macio e então falei
"Meu bem, por favor fica".
Fonte da imagem: Jornalista Viajante
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Poesia/72
Cheiro
Compro essência de Alecrim
Tento Sândalo
Orquídea
E Jasmim
Não é Lavanda
E eu bem sei...
Também não é Almíscar
Esse eu também tentei
Experimento todos os aromas
Mas nada me agrada tanto assim
Como aquele cheiro gostoso
Que você costumava deixar em mim.
Fonte da imagem: Santo Google!
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Microconto/07
Engasgado
Estirada preguiçosamente na cama, ela mantinha os olhos fechados, mas não estava dormindo. E ele sabia que ela só dormiria após sua ida. Olhou-a com ternura. Tinha vontade de beijá-la, mas ela não deixaria.
De repente, seus pensamentos o levaram para o dia da festa de casamento, quando ela lhe disse, pela última vez:
- Desista dela e desse casamento. Fique comigo.
Mas ele titubeou. Sempre titubeava.
Então, ela abriu os olhos e disse:
- Cento e cinquenta.
Ele pagou, encarou-a como se quisesse dizer algo. E queria, mas ela levantou-se rapidamente e logo lhe abriu a porta. E ele saiu engasgado, querendo falar como se sentia infeliz por ter escolhido a irmã errada.
Estirada preguiçosamente na cama, ela mantinha os olhos fechados, mas não estava dormindo. E ele sabia que ela só dormiria após sua ida. Olhou-a com ternura. Tinha vontade de beijá-la, mas ela não deixaria.
De repente, seus pensamentos o levaram para o dia da festa de casamento, quando ela lhe disse, pela última vez:
- Desista dela e desse casamento. Fique comigo.
Mas ele titubeou. Sempre titubeava.
Então, ela abriu os olhos e disse:
- Cento e cinquenta.
Ele pagou, encarou-a como se quisesse dizer algo. E queria, mas ela levantou-se rapidamente e logo lhe abriu a porta. E ele saiu engasgado, querendo falar como se sentia infeliz por ter escolhido a irmã errada.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Extra! - parte 03
E saiu a entrevista que o Toinho, da Livraria Blooks, fez comigo para o site deles.
Tem foto e tudo! Ê! Me senti até gente! Hahaha.
Pra dar uma olhada, é só acessar o link a seguir: Bate papo com Tatyana França
Tem foto e tudo! Ê! Me senti até gente! Hahaha.
Pra dar uma olhada, é só acessar o link a seguir: Bate papo com Tatyana França
Versos livres/10
Reforma ortográfica
O voo mais belo ainda é do pássaro
A geleia ainda tem sabor
A ideia conserva o encanto
O bilingue continua falando duas línguas
E quem é tranquilo, tranquilo segue
Mas não tem jeito, não...
Eu ainda odeio essa tal reforma ortográfica!
O voo mais belo ainda é do pássaro
A geleia ainda tem sabor
A ideia conserva o encanto
O bilingue continua falando duas línguas
E quem é tranquilo, tranquilo segue
Mas não tem jeito, não...
Eu ainda odeio essa tal reforma ortográfica!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Poesia/71
O meu caminho torto (louco?)
cruzou com teu caminho roto
Numa noite em que meu coração
Estava desalinhado
Por causa da saudade
E de uma desilusão
Então, nossos caminhos tortos
Se uniram numa terceira via
E desde esse dia
Seguimos juntos
Ainda tortos
Mas retos
No amor.
Para Eduardo
cruzou com teu caminho roto
Numa noite em que meu coração
Estava desalinhado
Por causa da saudade
E de uma desilusão
Então, nossos caminhos tortos
Se uniram numa terceira via
E desde esse dia
Seguimos juntos
Ainda tortos
Mas retos
No amor.
Para Eduardo
domingo, 25 de julho de 2010
Crônica/17
Não sei se isso se encaixa exatamente no estilo "Crônica", mas bem, é assim que aparecerá aqui :) Ah, e hoje é dia do escritor! (por isso o tema...)
Escrevo
Escrevo.
Escrevo para contar o que vi e o que não vi.
Escrevo para dizer o que penso e o que não penso, para narrar, descrever, rimar, fazer rir, emocionar.
Escrevo o que ouvi, o que não ouvi e o que gostaria de ouvir.
Escrevo porque minhas mãos e minha mente pedem para brincar com as palavras. Escrevo durante a manhã, a tarde, a noite e também a madrugada.
Escrevo para exclamar, reclamar, observar ou perguntar.
Escrevo para os amigos e para os desconhecidos, para os vivos e para os mortos, para todos e para mim.
Escrevo cartas, postais, e-mails, contos, poesias, listas malucas e comuns.
Escrevo enquanto estou acordada e também enquanto estou sonhando.
Escrevo o que eu gostaria de ler.
Escrevo por instinto.
Escrevo porque é uma necessidade, porque me dá tesão.
Escrevo para dividir as idéias. Ou multiplicá-las.
Escrevo para ser lida.
Escrevo mentalmente – e muitas vezes a minha memória apaga o que escrevi.
Escrevo na areia da praia, em panfletos e na palma da mão.
Escrevo para dizer que tenho saudades.
Escrevo para ser lembrada.
Escrevo para espantar o tédio.
Escrevo para não fazer terapia.
Escrevo para exorcizar meus demônios.
Escrevo porque tenho paixão.
Escrevo porque é gostoso como tomar sorvete numa tarde quente.
Escrevo para contar a vida ou deixar que ela me conte.
Escrevo para me encontrar ou me perder, para me afirmar ou me criar.
Escrevo porque foi para isso que nasci e porque é o que amo de amor.
Escrevo para me sentir feliz.
Escrevo porque sou escritora.
Escrevo.
Chronicle/17 - I write
I write.
I write to tell what I saw and what I didn’t see.
I write to say what I think and what I don’t think, to narrate, to describe, to rhyme, to make somebody laugh, to thrill.
I write what I heard, what I didn’t hear and what I would like to hear.
I write because my hands and my mind ask for play with words.
I write in the morning, in the afternoon, in the night and in the dawn.
I write to exclaim, to claim, to observe or to ask.
I write for friends and for strangers, for alive and for dead people, for everybody and for me.
I write letters, postcards, e-mails, tales, poetry, crazy and common lists.
I write while I’m awake and while I’m dreaming too.
I write what I would like to read.
I write for instinct.
I write because it’s a necessity, because it turns me on.
I write to share ideas. Or multiply them.
I write to be read.
I write mentally – and so many times my mind erases what I wrote.
I write on sand beach, on pamphlets and on my hand palm.
I write to say I miss somebody.
I write to be remembered.
I write to frighten tedium.
I write for not to do therapy.
I write to exorcize my own demons.
I write because I have passion.
I write because is delicious like take an ice cream on a hot afternoon.
I write to tell life or let life tells me.
I write to find or lose myself, to affirm or create me.
I write because I was born to do this and it’s what I really love.
I write to feel happy.
I write because I’m a writer.
I write.
sábado, 24 de julho de 2010
Microconto/06
É simples
Ela sempre teve tudo que quis e até o que não quis. E sabia agir como moça mimada, pois mimada era todos os dias.
E um belo dia, ela se apaixonou. Mas não importava o quanto pedisse, exigisse ou mandasse: ele não a queria, pois amava outra.
Ela pensava: "Como ele pode querer aquela outra que nada tem na vida e não a mim? Como?". O amor tem dessas coisas, mas ela não sabia.
Furiosa com a rejeição, ela teve quem o caçasse para ela. As mesmas pessoas o prenderam, o torturaram para que ele dissesse o que ela tanto queria ouvir, mesmo que à força. Aquilo durou dias. E ele sempre a dizer:
- Eu não te quero... Eu não te quero...
Foi numa noite quente de Lua cheia que ela percebeu que aquilo não serviria de nada. Percebeu quando ele, cansado, maltratado e ensanguentado disse, num fio de voz:
- É simples, patroa. É muito simples. Não me importo com o que a outra tem ou não tem. Eu gosto dela pelo que ela é.
Ela sempre teve tudo que quis e até o que não quis. E sabia agir como moça mimada, pois mimada era todos os dias.
E um belo dia, ela se apaixonou. Mas não importava o quanto pedisse, exigisse ou mandasse: ele não a queria, pois amava outra.
Ela pensava: "Como ele pode querer aquela outra que nada tem na vida e não a mim? Como?". O amor tem dessas coisas, mas ela não sabia.
Furiosa com a rejeição, ela teve quem o caçasse para ela. As mesmas pessoas o prenderam, o torturaram para que ele dissesse o que ela tanto queria ouvir, mesmo que à força. Aquilo durou dias. E ele sempre a dizer:
- Eu não te quero... Eu não te quero...
Foi numa noite quente de Lua cheia que ela percebeu que aquilo não serviria de nada. Percebeu quando ele, cansado, maltratado e ensanguentado disse, num fio de voz:
- É simples, patroa. É muito simples. Não me importo com o que a outra tem ou não tem. Eu gosto dela pelo que ela é.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Microconto/05
Quando Ele chorou
Um dia, ele se cansou. Cansou de tudo e de todos. Mas ao invés de brigar ou coisa parecida, ele simplesmente fechou os olhos e começou a chorar. Nesse momento, a Terra foi tragada por uma corrente de água e ninguém teve tempo de se perguntar de onde aquilo tinha saído. A vida humana acabou debaixo daquela água toda. Mas também, quem mandou deixar Deus tão triste?
Um dia, ele se cansou. Cansou de tudo e de todos. Mas ao invés de brigar ou coisa parecida, ele simplesmente fechou os olhos e começou a chorar. Nesse momento, a Terra foi tragada por uma corrente de água e ninguém teve tempo de se perguntar de onde aquilo tinha saído. A vida humana acabou debaixo daquela água toda. Mas também, quem mandou deixar Deus tão triste?
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Conto/11
A menina escrevia. Escrevia o tempo todo, mesmo com o cansaço da mão. Os pais começaram a estranhar. O medo se instalou neles. Medo de que? Não saberiam explicar ao certo. Viam que escrever tomava conta da vida da filha, dia após dia. Ela escrevia enquanto comia, levava o bloco de anotações até quando ia ao banheiro. E mantinha este mesmo bloquinho ao pé da cama. Era nele onde relatava seus sonhos e pesadelos. E sempre havia o que anotar.
Os pais, preocupados com aqueles excessos de escrita, a levaram ao médico. Ele a examinou, achou que estava tudo certo. Diante da insistência dos pais, disse:
- Ok. Faremos um encefalograma.
A menina apenas suspirou e comentou:
- Que palavra grande...
Exame pronto, o médico chama os pais:
- Não sei como lhes dizer, mas...
- Diga, diga! - falaram os dois, aflitos.
- Há algo que não conseguimos identificar. Teremos que operar sua filha com urgência.
Desespero dos pais e a menina, desligada, continuava com o bloquinho em punho, escrevendo sem parar. Não gostava de todo aquele rebuliço, não se importava nada com aquilo.
A operação foi marcada para o mesmo dia. Na sala de espera, os minutos viraram horas. Até que apareceu o médico, com cara de espanto:
- Correu tudo bem, mas...
- Mas o que? - perguntaram os pais.
- Nunca vi nada igual.
E foi entre reticências que ele relatou que, ao abrir aquela cabecinha, tomou um susto quando, de dentro dela, saíram fadas, vampiros, reis, rainhas, vilões, cavalos alados, extraterrestres e mais uma infinidade de seres. Como a equipe não sabia o que fazer, ele ordenou que a cirurgia fosse encerrada. E com os pais, foi categórico:
- Não há o que fazer. Sua filha nasceu pra ser escritora.
Os pais, preocupados com aqueles excessos de escrita, a levaram ao médico. Ele a examinou, achou que estava tudo certo. Diante da insistência dos pais, disse:
- Ok. Faremos um encefalograma.
A menina apenas suspirou e comentou:
- Que palavra grande...
Exame pronto, o médico chama os pais:
- Não sei como lhes dizer, mas...
- Diga, diga! - falaram os dois, aflitos.
- Há algo que não conseguimos identificar. Teremos que operar sua filha com urgência.
Desespero dos pais e a menina, desligada, continuava com o bloquinho em punho, escrevendo sem parar. Não gostava de todo aquele rebuliço, não se importava nada com aquilo.
A operação foi marcada para o mesmo dia. Na sala de espera, os minutos viraram horas. Até que apareceu o médico, com cara de espanto:
- Correu tudo bem, mas...
- Mas o que? - perguntaram os pais.
- Nunca vi nada igual.
E foi entre reticências que ele relatou que, ao abrir aquela cabecinha, tomou um susto quando, de dentro dela, saíram fadas, vampiros, reis, rainhas, vilões, cavalos alados, extraterrestres e mais uma infinidade de seres. Como a equipe não sabia o que fazer, ele ordenou que a cirurgia fosse encerrada. E com os pais, foi categórico:
- Não há o que fazer. Sua filha nasceu pra ser escritora.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Versos livres/09
A sobremesa vem primeiro
Com lábios de mel
O peito é farto
O pernil (pernão!), recheado
As maçãs coradas
Estão prontas para um beijo - ou uma mordida
Teu corpo todo é banquete (divino!)
Para saciar minha fome de amor!
Com lábios de mel
O peito é farto
O pernil (pernão!), recheado
As maçãs coradas
Estão prontas para um beijo - ou uma mordida
Teu corpo todo é banquete (divino!)
Para saciar minha fome de amor!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Poesia/70
Eu pinto meu rosto
Pra tratar teu riso
Eu finjo espanto
E escondo o martírio
Eu sonho acordado
Persigo um balão
Eu caio de lado
Cuspo meu coração
Te dou uma flor
Que me sai do sapato
Só pra te ver sorrir, amor,
Dos meus tolos atos
Eu salto pra frente
Eu pulo pra trás
Te dou todo o meu brilho
E você pede mais!
Eu oferto meu mundo,
Mas finjo ser de aço
Enquanto você ri de mim,
Seu eterno palhaço!
Pra tratar teu riso
Eu finjo espanto
E escondo o martírio
Eu sonho acordado
Persigo um balão
Eu caio de lado
Cuspo meu coração
Te dou uma flor
Que me sai do sapato
Só pra te ver sorrir, amor,
Dos meus tolos atos
Eu salto pra frente
Eu pulo pra trás
Te dou todo o meu brilho
E você pede mais!
Eu oferto meu mundo,
Mas finjo ser de aço
Enquanto você ri de mim,
Seu eterno palhaço!
Extra! - parte 02
Estou feliz. De verdade!
Ontem, soube pela internet que minha crônica ganhou o concurso promovido pela Livraria Blooks. E hoje, Dia do Amigo, só tenho a agradecer a todos os amigos que votaram em mim :) Obrigada!!
Ontem, falei por telefone com Rogério, o amigo que inspirou a crônica. Eu tinha dito para ele na sexta (16):
- Rogério, estou tão feliz por estar entre as finalistas! Sabe de uma coisa? Se ganhar, o livro é teu!
E ontem, quando soube que a crônica venceu, ele disse:
- Taty, esse prêmio é teu! Estou feliz só pela homenagem!
- Eu ia te dar de presente de aniversário, menino!
- É seu!
- Ok, eu vou leiloá-lo então. Haha!
Mas eu estava brincando. Não faria isso!
Eu fui buscá-lo hoje. Recebi parabéns, tirei foto e fui informada pela simpática Elisa que me mandarão algumas perguntas por e-mail, para formar uma pequena entrevista, que, creio, sairá no site da Blooks.
Poxa, tô contente pacas! E cheia de energia pra participar de mais concursos ;)
Ontem, soube pela internet que minha crônica ganhou o concurso promovido pela Livraria Blooks. E hoje, Dia do Amigo, só tenho a agradecer a todos os amigos que votaram em mim :) Obrigada!!
Ontem, falei por telefone com Rogério, o amigo que inspirou a crônica. Eu tinha dito para ele na sexta (16):
- Rogério, estou tão feliz por estar entre as finalistas! Sabe de uma coisa? Se ganhar, o livro é teu!
E ontem, quando soube que a crônica venceu, ele disse:
- Taty, esse prêmio é teu! Estou feliz só pela homenagem!
- Eu ia te dar de presente de aniversário, menino!
- É seu!
- Ok, eu vou leiloá-lo então. Haha!
Mas eu estava brincando. Não faria isso!
Eu fui buscá-lo hoje. Recebi parabéns, tirei foto e fui informada pela simpática Elisa que me mandarão algumas perguntas por e-mail, para formar uma pequena entrevista, que, creio, sairá no site da Blooks.
Poxa, tô contente pacas! E cheia de energia pra participar de mais concursos ;)
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Microconto/04
- Eu... Eu... - quanto mais ele tentava, mais se engasgava. Ela não sabia bem o que fazer, de repente pensou no escândalo. Chamou o recepcionista do motel; veio uma ambulância, mas era tarde. Ela pensou que talvez ele, sentindo que não sobreviveria, queria apenas dizer "Eu te amo". Mas o que ele queria dizer de verdade era: "Eu te absolvo".
domingo, 18 de julho de 2010
Microconto/03
Fim de tarde de uma quarta feira e ele sozinho na ponte. Os carros passavam, as pessoas iam e vinham e ele apenas contemplava o mundo ao seu redor. Olhou admirado o céu, o pôr do sol e até as pessoas, que andavam apressadas.
De repente, olhou as águas turvas onde pretendia se jogar. Para que aquilo, afinal? E, certo da mudança, voltou para casa pensando que, ao desistir da morte, tinha conseguido ganhar a vida. Tinha nascido outra vez.
De repente, olhou as águas turvas onde pretendia se jogar. Para que aquilo, afinal? E, certo da mudança, voltou para casa pensando que, ao desistir da morte, tinha conseguido ganhar a vida. Tinha nascido outra vez.
sábado, 17 de julho de 2010
Poesia/69
Mais uma sobre a Primavera, ainda que seja Inverno! ;p
Lá vem ela
Perfumada
E com um laço de fita
Lá vem ela
Ensolarada
Sem saber como é bonita
Primavera
Se aconchegue
Não me faça essa desdita
Primavera
És minha amada
E que essa verdade seja dita!
Lá vem ela
Perfumada
E com um laço de fita
Lá vem ela
Ensolarada
Sem saber como é bonita
Primavera
Se aconchegue
Não me faça essa desdita
Primavera
És minha amada
E que essa verdade seja dita!
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Extra!
Essa é uma postagem extra apenas para dizer que estou contente!
Uma de minhas crônicas é finalista num concurso promovido pela livraria Blooks, do Rio de Janeiro.
A crônica não é inédita, foi publicada aqui, inclusive.
Estou em segundo na votação. Isso mesmo! As 03 finalistas foram submetidas a voto popular. Quem receber mais votos, ganhará o livro "Conversas sobre o tempo", autografado por Zuenir Ventura, Luis Fernando Verissimo e Arthur Dapieve.
Acaso os números mudem e eu consiga ganhar, o livro irá para o amigo que me inspirou a escrever a crônica (salve, Roger!). Para mim, nada mais justo :)
Quem quiser votar, segue o link!! concurso da Blooks
A minha crônica é a número 03: "Crônica de uma amizade anunciada" ;)
Uma de minhas crônicas é finalista num concurso promovido pela livraria Blooks, do Rio de Janeiro.
A crônica não é inédita, foi publicada aqui, inclusive.
Estou em segundo na votação. Isso mesmo! As 03 finalistas foram submetidas a voto popular. Quem receber mais votos, ganhará o livro "Conversas sobre o tempo", autografado por Zuenir Ventura, Luis Fernando Verissimo e Arthur Dapieve.
Acaso os números mudem e eu consiga ganhar, o livro irá para o amigo que me inspirou a escrever a crônica (salve, Roger!). Para mim, nada mais justo :)
Quem quiser votar, segue o link!! concurso da Blooks
A minha crônica é a número 03: "Crônica de uma amizade anunciada" ;)
Versos livres/08
Ônibus comprimem
Carros poluem
Bicicletas quebram
Foguetes são restritos
Aviões se atrasam
Submarinos causam claustrofobia
Navios dão enjoo
Cavalos são ariscos
Pernas fraquejam
Mas eu sempre posso contar
Com a minha imaginação
Para viajar
Por esse mundão!
Carros poluem
Bicicletas quebram
Foguetes são restritos
Aviões se atrasam
Submarinos causam claustrofobia
Navios dão enjoo
Cavalos são ariscos
Pernas fraquejam
Mas eu sempre posso contar
Com a minha imaginação
Para viajar
Por esse mundão!
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Crônica/16
Já faz algum tempo que eu ando me desfazendo dos meus livros. Quer dizer, desfazer não é exatamente a palavra. Eu ando doando, vendendo ou tentando trocar por outros livros. Tirando as minhas coleções do Galeano e do Sabino e alguns exemplares, livro, para mim, tem que ser passado adiante.
Falo isso tanto pela questão de transmitir conhecimento e cultura como pela questão de passar algo que já não quero mais.
Hoje mesmo, me livrei de um desses livros: "Dicionário de Porto-alegrês", de Luís Augusto Fischer. Desde fevereiro, quando trouxe o restante de meus livros de Fortaleza para o Rio de Janeiro, eu o separei com uma única intenção: passá-lo adiante. E já tinha alguém em vista para isso - minha amiga Gabriela, cearense como eu, mas que está morando e estudando em Porto Alegre.
De repente, enquanto pegava no livro para colocá-lo no envelope, me lembrei que ele tinha uma dedicatória. Não era do autor, mas da pessoa que o deu de presente para mim, um gaúcho, amor de verão. Felizmente, estava escrita a lápis. Aí, eu passei a borracha: uma, duas, três vezes. Mas o gaúcho deve ter usado um lápis com tecnologia espacial avançada, pois ainda dava para ler o que estava escrito.
Me indaguei: compro um novo exemplar para Gabi? Mas o que farei com este? Será que consigo vendê-lo ou trocá-lo? Confesso que nunca terminei de lê-lo, mas isso, para mim, não é motivo suficiente para guardá-lo. Então, decidi: quer saber, não tem problema! A Gabi adora livros, é bem capaz de nem notar a "sombra" da dedicatória. E, no fim das contas, esse livro vai ser mais útil para ela do que para mim. E assim, eu o empacotei. Junto, uma carta, um marcador de página e mais alguns apetrechos.
Agora, ao escrever esta crônica, pensei uma coisa, que foi o real motivo para começar a escrever, afinal. Pensei que o passado da gente é exatamente como essa dedicatória: às vezes, a gente tenta apagar, por um motivo qualquer, mas ainda fica um resquício.
Aí, cabe a escolha do que fazer - com o passado ou com o livro: deixar quieto, criando poeira ou encontrar uma utilidade para ele. Você pode se perguntar: mas que utilidade pode ter o passado, se já passou? E eu lhe respondo: o passado pode virar poesia ou qualquer outra forma de Literatura. Ou pode virar simplesmente experiência, bagagem.
Desculpem o trocadilho, mas hoje meu passado, em forma de livro e dedicatória, virou presente para Gabi. E eu espero apenas que ela goste do regalo.
Falo isso tanto pela questão de transmitir conhecimento e cultura como pela questão de passar algo que já não quero mais.
Hoje mesmo, me livrei de um desses livros: "Dicionário de Porto-alegrês", de Luís Augusto Fischer. Desde fevereiro, quando trouxe o restante de meus livros de Fortaleza para o Rio de Janeiro, eu o separei com uma única intenção: passá-lo adiante. E já tinha alguém em vista para isso - minha amiga Gabriela, cearense como eu, mas que está morando e estudando em Porto Alegre.
De repente, enquanto pegava no livro para colocá-lo no envelope, me lembrei que ele tinha uma dedicatória. Não era do autor, mas da pessoa que o deu de presente para mim, um gaúcho, amor de verão. Felizmente, estava escrita a lápis. Aí, eu passei a borracha: uma, duas, três vezes. Mas o gaúcho deve ter usado um lápis com tecnologia espacial avançada, pois ainda dava para ler o que estava escrito.
Me indaguei: compro um novo exemplar para Gabi? Mas o que farei com este? Será que consigo vendê-lo ou trocá-lo? Confesso que nunca terminei de lê-lo, mas isso, para mim, não é motivo suficiente para guardá-lo. Então, decidi: quer saber, não tem problema! A Gabi adora livros, é bem capaz de nem notar a "sombra" da dedicatória. E, no fim das contas, esse livro vai ser mais útil para ela do que para mim. E assim, eu o empacotei. Junto, uma carta, um marcador de página e mais alguns apetrechos.
Agora, ao escrever esta crônica, pensei uma coisa, que foi o real motivo para começar a escrever, afinal. Pensei que o passado da gente é exatamente como essa dedicatória: às vezes, a gente tenta apagar, por um motivo qualquer, mas ainda fica um resquício.
Aí, cabe a escolha do que fazer - com o passado ou com o livro: deixar quieto, criando poeira ou encontrar uma utilidade para ele. Você pode se perguntar: mas que utilidade pode ter o passado, se já passou? E eu lhe respondo: o passado pode virar poesia ou qualquer outra forma de Literatura. Ou pode virar simplesmente experiência, bagagem.
Desculpem o trocadilho, mas hoje meu passado, em forma de livro e dedicatória, virou presente para Gabi. E eu espero apenas que ela goste do regalo.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Poesia/68
Escrevi esse texto em 2006 (tinha acabado de completar 22 anos) ;) Hoje, poderia trocar o número (estou com 26), mas preferi manter o original :)
Eu tenho 22 anos
Já tive algumas glórias
E prazeres mundanos
Pareci sã
Em meio aos insanos.
Eu tenho 22 anos
E alguns anos eu escondo
Por baixo dos panos
Vã tentativa de evitar
Que eles me causem danos.
Eu tenho 22 anos
Não provei ainda
O amor mais profano
A vida me dá medo
Mas estou cheia de planos.
Eu tenho 22 anos
Já tive algumas glórias
E prazeres mundanos
Pareci sã
Em meio aos insanos.
Eu tenho 22 anos
E alguns anos eu escondo
Por baixo dos panos
Vã tentativa de evitar
Que eles me causem danos.
Eu tenho 22 anos
Não provei ainda
O amor mais profano
A vida me dá medo
Mas estou cheia de planos.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Poesia/67
A vida anda, a vida voa
E me faz rir à toa
A vida passa e me transpassa
Num sorriso bobo
A vida é doce, mas tão doce
Que até enjoa
Em seguida, ela se azeda
Pra que eu ainda goste dela
Depois, me distrai
Com um jantar de velas...
E eu me entrego sem medidas!
A vida corre, a vida sopra
E me despenteia
A vida segue, joga flores,
Mas também sujeira
A vida é mansa, a vida é braba
E me descabela
E é correndo ao lado dela
Que eu a enxergo tão bela
E me vejo refletida
Fera ontem, hoje princesa...
Essa é a vida!
E me faz rir à toa
A vida passa e me transpassa
Num sorriso bobo
A vida é doce, mas tão doce
Que até enjoa
Em seguida, ela se azeda
Pra que eu ainda goste dela
Depois, me distrai
Com um jantar de velas...
E eu me entrego sem medidas!
A vida corre, a vida sopra
E me despenteia
A vida segue, joga flores,
Mas também sujeira
A vida é mansa, a vida é braba
E me descabela
E é correndo ao lado dela
Que eu a enxergo tão bela
E me vejo refletida
Fera ontem, hoje princesa...
Essa é a vida!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Poesia/66
Eu tentei fazer um soneto, mas nao tenho manha pra isso, ainda...
Saiu um soneto torto, entao. :)
Hoje eu me livrei de tantas coisas
Cartas de amor, dedicatórias e afins
Hoje eu me livrei do passado
Mas de qualquer jeito ele ainda vive em mim.
Hoje eu arrumei a prateleira
E separei os livros que já não queria
Aos poucos, me livrei da poeira
Sei que me demorei mais do que devia.
Hoje foi um dia de limpeza
Já era hora de organizar a casa
De me livrar do que não fosse certeza.
É tempo de renovação
Na casa, em meus planos
E dentro do meu coração.
Saiu um soneto torto, entao. :)
Hoje eu me livrei de tantas coisas
Cartas de amor, dedicatórias e afins
Hoje eu me livrei do passado
Mas de qualquer jeito ele ainda vive em mim.
Hoje eu arrumei a prateleira
E separei os livros que já não queria
Aos poucos, me livrei da poeira
Sei que me demorei mais do que devia.
Hoje foi um dia de limpeza
Já era hora de organizar a casa
De me livrar do que não fosse certeza.
É tempo de renovação
Na casa, em meus planos
E dentro do meu coração.
sábado, 10 de julho de 2010
Artigo/03
Mais um dos artigos que escrevi na época da faculdade :)
Este é sobre Ética Jornalística, assunto que me interessa bastante. O que eu não gostava muito era da matéria: Semiótica da Cultura e Jornalismo.
Ética e semiótica
Segundo o dicionário Luft, semiótica é a ciência que estuda os signos e sinais e os sistemas de sinais empregados em comunicação.
Daí, é possível tirar a conclusão de que semiótica e comunicação estão intimamente ligadas.
Mas e a ética? Onde se encaixa? Como é feita a união entre ética e semiótica?
Vamos por partes.
Três dos estudiosos da semiótica, Francisco José Castilhos Karam, Norval Baitello Junior e Ivan Bystrina, podem explicar isto (a união da ética com a semiótica).
Norval, a partir das idéias de Bystrina, desenvolveu a idéia de que a natureza humana está dividida e que nessa divisão existem três níveis de códigos que se intercomunicam.
• Primários: são as necessidades naturais e biológicas – a vontade de ir ao banheiro, a fome, a sede.
• Secundários: são as necessidades de interação social, a necessidade de comunicação e de formar linguagens para tal fim.
• Terciários: o universo comunicativo, a comunicação em si e o que se refere a ela – no caso, os produtos da comunicação. Jornais, por exemplo.
Sendo assim, os produtos da comunicação não são necessidades imediatas (primárias).
Sobre isso, Castilhos afirma que “de tal perspectiva, é que se pode situar a linguagem jornalística como texto pertencente a um código terciário de segunda realidade humana, criada pra si mesma”. Ou seja, depois de satisfazer as necessidades primárias, que são próprias da natureza humana, surgem as necessidades secundárias, que são tanto parte da natureza humana como do meio onde ela está inserida (parte naturais e parte artificiais). Então, por último, é que surgem as necessidades terciárias, criadas por nós mesmos. Necessidades artificiais, mas que nós mesmos fazemos com que se tornem importantes (não é a toa que chamamos de ‘necessidades’).
Pois bem: sabemos que a necessidade para os produtos da comunicação existe – em níveis diferenciados de indivíduo para indivíduo, mas existem.
Prosseguindo...
Baitello desenvolveu idéias acerca de um conceito chamado por Bystrina de segunda realidade. Baitello diz que “esse universo simbólico (a segunda realidade) constitui o conjunto de informações geradas e acumuladas pelos homens ao longo dos milênios, por meio de sua capacidade imaginativa, ou seja, de narrativizar aquilo que não está explicitamente encandeado”. Castilhos comentou, acerca das idéias de Baitello que nesse “universo simbólico”, “o texto passa a ser a unidade mínima de cultura”, ou seja, o texto é apenas uma das formas de expressão das informações que o homem produz/produziu até hoje.
Portanto, fora do texto, você pode usar elementos da semiótica (sistemas de sinais, por exemplo). Até através do texto mesmo dá para fazer isso. É possível inserir num produto da comunicação outros sinais e signos, que também têm a finalidade de comunicar. Basta estudar como seu texto será escrito. Você até pode ter a idéia do que vai escrever já pronta, mas ao escrever, o fato de escolher bem as palavras que usará, significa que você quer mais do que escrever um texto – você quer, além de escrever, inserir sinais que provoquem determinada (s) reação (ões) em quem vai ler seu texto. Ao escolher como escrever sobre o que quer que seja, você está fazendo certamente mais do que um texto, embora quem vá ler, nem sempre note sua forma proposital de escrever daquela forma, de inserir certos códigos ou idéias.
E agora, onde encaixamos a ética.
Ao escrever um texto sobre um assunto mais ‘delicado’, por assim dizer, temos a capacidade de fazer esse assunto parecer de maior ou menor importância e também de apresentá-lo às pessoas de forma mais chocante ou mais amena. Aí é que está a questão. Independente do que você produz e como faz isso, você não pode ignorar que acabará provocando as mais diversas reações nas pessoas. Então, aparece a ética, nos dizendo o que é possível produzir de forma que o conjunto de idéias vise um interesse público. Não que você vá tentar produzir um pensamento único, um consenso geral. Isso não existe. Mas você tem que avaliar o que está ou não dentro de algo que seria como uma ‘ética geral’, para o bem comum da sociedade. E, nessa avaliação de como produzir os produtos da comunicação, é usando signos e sinais que você unirá ética e semiótica.
Bibliografia: "A ética jornalística e o interesse público" - Francisco José Castilhos Karam.
Este é sobre Ética Jornalística, assunto que me interessa bastante. O que eu não gostava muito era da matéria: Semiótica da Cultura e Jornalismo.
Ética e semiótica
Segundo o dicionário Luft, semiótica é a ciência que estuda os signos e sinais e os sistemas de sinais empregados em comunicação.
Daí, é possível tirar a conclusão de que semiótica e comunicação estão intimamente ligadas.
Mas e a ética? Onde se encaixa? Como é feita a união entre ética e semiótica?
Vamos por partes.
Três dos estudiosos da semiótica, Francisco José Castilhos Karam, Norval Baitello Junior e Ivan Bystrina, podem explicar isto (a união da ética com a semiótica).
Norval, a partir das idéias de Bystrina, desenvolveu a idéia de que a natureza humana está dividida e que nessa divisão existem três níveis de códigos que se intercomunicam.
• Primários: são as necessidades naturais e biológicas – a vontade de ir ao banheiro, a fome, a sede.
• Secundários: são as necessidades de interação social, a necessidade de comunicação e de formar linguagens para tal fim.
• Terciários: o universo comunicativo, a comunicação em si e o que se refere a ela – no caso, os produtos da comunicação. Jornais, por exemplo.
Sendo assim, os produtos da comunicação não são necessidades imediatas (primárias).
Sobre isso, Castilhos afirma que “de tal perspectiva, é que se pode situar a linguagem jornalística como texto pertencente a um código terciário de segunda realidade humana, criada pra si mesma”. Ou seja, depois de satisfazer as necessidades primárias, que são próprias da natureza humana, surgem as necessidades secundárias, que são tanto parte da natureza humana como do meio onde ela está inserida (parte naturais e parte artificiais). Então, por último, é que surgem as necessidades terciárias, criadas por nós mesmos. Necessidades artificiais, mas que nós mesmos fazemos com que se tornem importantes (não é a toa que chamamos de ‘necessidades’).
Pois bem: sabemos que a necessidade para os produtos da comunicação existe – em níveis diferenciados de indivíduo para indivíduo, mas existem.
Prosseguindo...
Baitello desenvolveu idéias acerca de um conceito chamado por Bystrina de segunda realidade. Baitello diz que “esse universo simbólico (a segunda realidade) constitui o conjunto de informações geradas e acumuladas pelos homens ao longo dos milênios, por meio de sua capacidade imaginativa, ou seja, de narrativizar aquilo que não está explicitamente encandeado”. Castilhos comentou, acerca das idéias de Baitello que nesse “universo simbólico”, “o texto passa a ser a unidade mínima de cultura”, ou seja, o texto é apenas uma das formas de expressão das informações que o homem produz/produziu até hoje.
Portanto, fora do texto, você pode usar elementos da semiótica (sistemas de sinais, por exemplo). Até através do texto mesmo dá para fazer isso. É possível inserir num produto da comunicação outros sinais e signos, que também têm a finalidade de comunicar. Basta estudar como seu texto será escrito. Você até pode ter a idéia do que vai escrever já pronta, mas ao escrever, o fato de escolher bem as palavras que usará, significa que você quer mais do que escrever um texto – você quer, além de escrever, inserir sinais que provoquem determinada (s) reação (ões) em quem vai ler seu texto. Ao escolher como escrever sobre o que quer que seja, você está fazendo certamente mais do que um texto, embora quem vá ler, nem sempre note sua forma proposital de escrever daquela forma, de inserir certos códigos ou idéias.
E agora, onde encaixamos a ética.
Ao escrever um texto sobre um assunto mais ‘delicado’, por assim dizer, temos a capacidade de fazer esse assunto parecer de maior ou menor importância e também de apresentá-lo às pessoas de forma mais chocante ou mais amena. Aí é que está a questão. Independente do que você produz e como faz isso, você não pode ignorar que acabará provocando as mais diversas reações nas pessoas. Então, aparece a ética, nos dizendo o que é possível produzir de forma que o conjunto de idéias vise um interesse público. Não que você vá tentar produzir um pensamento único, um consenso geral. Isso não existe. Mas você tem que avaliar o que está ou não dentro de algo que seria como uma ‘ética geral’, para o bem comum da sociedade. E, nessa avaliação de como produzir os produtos da comunicação, é usando signos e sinais que você unirá ética e semiótica.
Bibliografia: "A ética jornalística e o interesse público" - Francisco José Castilhos Karam.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Poesia/65
Eu preciso explodir pra vida!
Eu preciso explodir pra vida!
E esquecer.
Esquecer as palavras bonitas que me foram ditas
Por bocas que nada tinham a ver com a minha.
Esquecer que, sempre acompanhada,
Continuava sozinha.
Esquecer o ritmo acelerado dos corações ao meu redor.
Esquecer, esquecer!
Porque tudo sempre foi pó.
Eu preciso explodir em choro!
Sentir no couro os castigos divinos.
Encontrar quem me faça dobrar sinos.
Amargar e adocicar a vida.
Fazer rimas de paixão incontida.
Não!
Eu preciso de isolamento.
Uma casa no campo, sem tormentos.
Onde eu possa escrever sobre as coisas
Que nunca vivi.
Onde possa dizer que enfim encontrei
Não um amor de verdade, não dinheiro, não fatalidade...
Não, não quero mesmo sofrer, embora espere por isso.
Tudo que desejo é
Paz.
Eu preciso explodir pra vida!
E esquecer.
Esquecer as palavras bonitas que me foram ditas
Por bocas que nada tinham a ver com a minha.
Esquecer que, sempre acompanhada,
Continuava sozinha.
Esquecer o ritmo acelerado dos corações ao meu redor.
Esquecer, esquecer!
Porque tudo sempre foi pó.
Eu preciso explodir em choro!
Sentir no couro os castigos divinos.
Encontrar quem me faça dobrar sinos.
Amargar e adocicar a vida.
Fazer rimas de paixão incontida.
Não!
Eu preciso de isolamento.
Uma casa no campo, sem tormentos.
Onde eu possa escrever sobre as coisas
Que nunca vivi.
Onde possa dizer que enfim encontrei
Não um amor de verdade, não dinheiro, não fatalidade...
Não, não quero mesmo sofrer, embora espere por isso.
Tudo que desejo é
Paz.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Versos livres/07
Lábios gélidos
Rosto pálido
Geada no corpo
Só encontro frio
Dentro dos teus braços
Que pena!
O Inverno chegou
Para ti
Enquanto em mim
Dentro e fora
Ainda saltita o Verão...
Rosto pálido
Geada no corpo
Só encontro frio
Dentro dos teus braços
Que pena!
O Inverno chegou
Para ti
Enquanto em mim
Dentro e fora
Ainda saltita o Verão...
quarta-feira, 7 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Conto/11
Nascer de novo, em outro lugar
Depois de tanto tempo fora, resolvi voltar. As coisas tinham mudado muito. Olhei as fotos do Centro, que eu mesma havia tirado pouco antes de partir, como se quisesse levar um pedaço da cidade comigo. É, eu queria mesmo levar um pedaço. Se eu não sabia para onde ia, ao menos sabia de onde vinha e isso me confortou ao dar início à minha busca.
Fiz comparações entre as fotos e o que vi. Alguns prédios reformados e finalmente tombados; outros, caindo aos pedaços, decadentes, mal-cuidados. Exatamente como as pessoas: algumas mudaram para melhor, enquanto que outras pareciam vagar pela vida, sem paixões, sem sonhos. Com estas últimas, o tempo foi implacável. Estavam secas, maltratadas, sem vitalidade. Senti que não precisava me incomodar com isso se nem elas se incomodavam, mas foi inevitável olhá-las sem sentir dó.
Circulei pela cidade, sozinha na maior parte das vezes. As pessoas tinham construído um longo caminho sem que eu estivesse por perto, não podiam me dar tanta atenção. E eu não queria pedir atenção. Não me parecia certo exigir a presença delas por conta do meu retorno. Saí da convivência de todas na primeira chance que tive. Não era justo pedir um pouco do tempo delas, quando eu havia reservado meu tempo para me manter longe.
Eu gostava de muitas dessas pessoas, mas apenas conhecida do restante. Mantivemos contato durante esses anos. Mas eram sempre as mesmas perguntas: “Não vai casar?”, “Não vai ter filhos?”. No mais, era fácil desejar felicidades nos aniversários, um bom ano novo, melhoras, parabéns pela promoção, pêsames, saber das novidades, contar o que me ocorria também. Embora eu me sentisse sozinha às vezes, não poderia voltar. Não queria voltar.
Assim, desenvolvemos uma estranha intimidade ao longo da vida. Com algumas dessas pessoas, a intimidade era diferente, mais real, apesar da distância. Às vezes, eu conseguia senti-las por perto. Mesmo assim, nem dessas pessoas eu tinha o direito de querer atenção.
Rodei o mundo o quanto pude. Não suportava a idéia de morar muito tempo na mesma localidade. Era simplesmente terrível ouvir os passos do dia-a-dia. Não conseguia me sentir bem com a calmaria da estabilidade e partia outra vez.
Antes de completar vinte anos, comecei a sentir que não pertencia à minha terra. O fato de nascer nela não nos tornou tão íntimas como devia. A cidade era boa, acolhedora, mas já estava incrustado: eu precisava ver o mundo e encontrar um lugar onde me sentisse realmente em casa. Mas as partidas e chegadas que se sucederam não serviram: nunca encontrei o tal lugar.
Tinha esperança de voltar e perceber que precisava deste período fora, para notar que minha cidade era o que eu tanto queria. Agora, depois de rever as paisagens e as pessoas e de sentir o cotidiano que se instalou sem minha presença, vi que meu lugar realmente não é este. Nunca foi e não é agora que será. A cidade me recebeu de modo frio. Pareceu-me nunca ter morado nela. Os habitantes me eram muito mais estranhos. O fato é que minha terra natal, como eu conhecia, só existe nas lembranças. Agora, sou uma turista em terras conhecidas.
Rumo à rodoviária, eu pensei se existiam outros iguais a mim por aí. Seres que não pertencem a lugar algum. É doloroso sentir-se assim. O mundo é meu, eu o ganhei! Entretanto, jamais fui do mundo. Nem ao menos um punhado dele conseguiu me segurar. Nenhum chão me cativou o suficiente.
Ainda me sinto jovem, na verdade, ainda sou jovem, mas meu corpo dá sinais de cansaço, pede que eu não viaje novamente. Porém, a mente clama. Apronto as malas. Não sei aonde vou, mas sei que vou.
Na rodoviária, escolho meu novo destino ao acaso. Quero ficar perto do meu primeiro ponto de partida, ao menos desta vez. Tenho economias para investir num pequeno negócio, talvez isso consiga me prender até o fim da vida. Sinto vontade de criar raízes, ainda que seja por obrigação e não por prazer, como eu sonhei. O lugar não tem mais tanta importância...
Contudo, minha esperança se renova. Pode ser que este destino, escolhido ao léu, seja enfim o lugar que eu possa chamar de lar. Tenho necessidade de me aquietar; parece que isso já não me incomoda mais. E, se nem nesse novo destino eu me sentir em paz, não vou mais fugir. O jeito é esperar. Esperar pra nascer de novo, em outro lugar.
Depois de tanto tempo fora, resolvi voltar. As coisas tinham mudado muito. Olhei as fotos do Centro, que eu mesma havia tirado pouco antes de partir, como se quisesse levar um pedaço da cidade comigo. É, eu queria mesmo levar um pedaço. Se eu não sabia para onde ia, ao menos sabia de onde vinha e isso me confortou ao dar início à minha busca.
Fiz comparações entre as fotos e o que vi. Alguns prédios reformados e finalmente tombados; outros, caindo aos pedaços, decadentes, mal-cuidados. Exatamente como as pessoas: algumas mudaram para melhor, enquanto que outras pareciam vagar pela vida, sem paixões, sem sonhos. Com estas últimas, o tempo foi implacável. Estavam secas, maltratadas, sem vitalidade. Senti que não precisava me incomodar com isso se nem elas se incomodavam, mas foi inevitável olhá-las sem sentir dó.
Circulei pela cidade, sozinha na maior parte das vezes. As pessoas tinham construído um longo caminho sem que eu estivesse por perto, não podiam me dar tanta atenção. E eu não queria pedir atenção. Não me parecia certo exigir a presença delas por conta do meu retorno. Saí da convivência de todas na primeira chance que tive. Não era justo pedir um pouco do tempo delas, quando eu havia reservado meu tempo para me manter longe.
Eu gostava de muitas dessas pessoas, mas apenas conhecida do restante. Mantivemos contato durante esses anos. Mas eram sempre as mesmas perguntas: “Não vai casar?”, “Não vai ter filhos?”. No mais, era fácil desejar felicidades nos aniversários, um bom ano novo, melhoras, parabéns pela promoção, pêsames, saber das novidades, contar o que me ocorria também. Embora eu me sentisse sozinha às vezes, não poderia voltar. Não queria voltar.
Assim, desenvolvemos uma estranha intimidade ao longo da vida. Com algumas dessas pessoas, a intimidade era diferente, mais real, apesar da distância. Às vezes, eu conseguia senti-las por perto. Mesmo assim, nem dessas pessoas eu tinha o direito de querer atenção.
Rodei o mundo o quanto pude. Não suportava a idéia de morar muito tempo na mesma localidade. Era simplesmente terrível ouvir os passos do dia-a-dia. Não conseguia me sentir bem com a calmaria da estabilidade e partia outra vez.
Antes de completar vinte anos, comecei a sentir que não pertencia à minha terra. O fato de nascer nela não nos tornou tão íntimas como devia. A cidade era boa, acolhedora, mas já estava incrustado: eu precisava ver o mundo e encontrar um lugar onde me sentisse realmente em casa. Mas as partidas e chegadas que se sucederam não serviram: nunca encontrei o tal lugar.
Tinha esperança de voltar e perceber que precisava deste período fora, para notar que minha cidade era o que eu tanto queria. Agora, depois de rever as paisagens e as pessoas e de sentir o cotidiano que se instalou sem minha presença, vi que meu lugar realmente não é este. Nunca foi e não é agora que será. A cidade me recebeu de modo frio. Pareceu-me nunca ter morado nela. Os habitantes me eram muito mais estranhos. O fato é que minha terra natal, como eu conhecia, só existe nas lembranças. Agora, sou uma turista em terras conhecidas.
Rumo à rodoviária, eu pensei se existiam outros iguais a mim por aí. Seres que não pertencem a lugar algum. É doloroso sentir-se assim. O mundo é meu, eu o ganhei! Entretanto, jamais fui do mundo. Nem ao menos um punhado dele conseguiu me segurar. Nenhum chão me cativou o suficiente.
Ainda me sinto jovem, na verdade, ainda sou jovem, mas meu corpo dá sinais de cansaço, pede que eu não viaje novamente. Porém, a mente clama. Apronto as malas. Não sei aonde vou, mas sei que vou.
Na rodoviária, escolho meu novo destino ao acaso. Quero ficar perto do meu primeiro ponto de partida, ao menos desta vez. Tenho economias para investir num pequeno negócio, talvez isso consiga me prender até o fim da vida. Sinto vontade de criar raízes, ainda que seja por obrigação e não por prazer, como eu sonhei. O lugar não tem mais tanta importância...
Contudo, minha esperança se renova. Pode ser que este destino, escolhido ao léu, seja enfim o lugar que eu possa chamar de lar. Tenho necessidade de me aquietar; parece que isso já não me incomoda mais. E, se nem nesse novo destino eu me sentir em paz, não vou mais fugir. O jeito é esperar. Esperar pra nascer de novo, em outro lugar.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Poesia/63
(antigo, deveras antigo!)
Me desculpe não lhe dar resposta
E também por não abrir a porta
Quando você mais precisava
Desculpe minhas ironias
Desculpe minha antipatia
Perdoe a falta de palavras
Hoje não foi meu dia
Perdoe a falsa indiferença
Sinto muito por ter causado dor
Perdoe a minha incompetência
Para lidar com meu primeiro amor...
Me desculpe não lhe dar resposta
E também por não abrir a porta
Quando você mais precisava
Desculpe minhas ironias
Desculpe minha antipatia
Perdoe a falta de palavras
Hoje não foi meu dia
Perdoe a falsa indiferença
Sinto muito por ter causado dor
Perdoe a minha incompetência
Para lidar com meu primeiro amor...
domingo, 4 de julho de 2010
Poesia/62
As palavras me confortam
Quando a vida me magoa
É nelas onde mergulho
E, por momentos, fico à toa.
As palavras me excitam
Me fazem esquecer do mundo
É nelas onde me perco
Ou me encontro em segundos.
As palavras me induzem
Me seduzem, me conduzem
Saltam loucas da minha boca
Sem saber o que produzem.
E quando vêm de outras bocas
Me maltratam, me sufocam
Me machucam e me entortam
O pensamento.
Me confrontam e meu alento
É que algumas me alegram
E se deixam seduzir
E em meus rascunhos tontos
Põe-se a cair, cair e cair...
Quando a vida me magoa
É nelas onde mergulho
E, por momentos, fico à toa.
As palavras me excitam
Me fazem esquecer do mundo
É nelas onde me perco
Ou me encontro em segundos.
As palavras me induzem
Me seduzem, me conduzem
Saltam loucas da minha boca
Sem saber o que produzem.
E quando vêm de outras bocas
Me maltratam, me sufocam
Me machucam e me entortam
O pensamento.
Me confrontam e meu alento
É que algumas me alegram
E se deixam seduzir
E em meus rascunhos tontos
Põe-se a cair, cair e cair...
sábado, 3 de julho de 2010
Poesia/61
Me come, me cospe, me leva pra casa
Me beija, me xinga, me deixa em desgraça
Me joga, me pega, me dá uma rasteira
Me lambe, me insulta, me fala besteira
Me engole, me bebe, me suga, me culpa
Me rasga, me arranha, me rói, me desculpa
Me pisa, me arrasa, me faz achar graça
Me morde, me aperta, me faz uma pirraça
Me empurra, me atura, me marca, me usa
Me aceita, me gosta, me vê, me lambuza
Me ama, me odeia, me abraça, me cheira
Me liga, me estira, me tira a poeira
Me acorda, me chama, me dá um carinho
Me alisa, me enrosca, me fala baixinho
Me enfeza, me alegra, me bota de pé
Me dá uma cerveja, me faz cafuné
Me empresta, me toma, me faça sonhar
Me molha, me seca, me deixa dançar
Me adora, me embola, me bota na roda
Me arde, me abranda, mas não vai embora!
Me beija, me xinga, me deixa em desgraça
Me joga, me pega, me dá uma rasteira
Me lambe, me insulta, me fala besteira
Me engole, me bebe, me suga, me culpa
Me rasga, me arranha, me rói, me desculpa
Me pisa, me arrasa, me faz achar graça
Me morde, me aperta, me faz uma pirraça
Me empurra, me atura, me marca, me usa
Me aceita, me gosta, me vê, me lambuza
Me ama, me odeia, me abraça, me cheira
Me liga, me estira, me tira a poeira
Me acorda, me chama, me dá um carinho
Me alisa, me enrosca, me fala baixinho
Me enfeza, me alegra, me bota de pé
Me dá uma cerveja, me faz cafuné
Me empresta, me toma, me faça sonhar
Me molha, me seca, me deixa dançar
Me adora, me embola, me bota na roda
Me arde, me abranda, mas não vai embora!
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Letra de música/02
O perdedor
Não tenho vocação para herói
Tampouco tenho pinta de galã
Confesso que às vezes isso dói
A garota não me quis porque é sã.
Não tenho um grande emprego
E nem carro importado
Eu moro de aluguel
E nem sou bem dotado.
O meu fusquinha branco
Eu tive que vender
Para pagar as contas
E ter o que comer.
Refrão:
Eu sei (eu sei, eu sei)
Não me precisa me dizer
(eu sei, eu sei)
Sei que sou um perdedor
(eu sei, eu sei)
Não nasci para vencer.
No futebol eu nunca fui o tal
Na escola nunca fui o maioral
Com o tempo acabou minha vontade de ganhar
Minha fama se espalhou
Ele não nasceu para reinar.
E eu aceitei da vida
O que ela quis me dar
E assim, perdi em dobro
Pois desisti de lutar.
Refrão:
Eu sei (eu sei, eu sei)
Não me precisa me dizer
(eu sei, eu sei)
Sei que sou um perdedor
(eu sei, eu sei)
Não nasci para vencer.
Eu sempre fui bom moço
E tentei ser honesto
Mas por ser um perdedor
Todos dizem que eu não presto.
Pensei que ainda tinha futuro
Tentei não me dar por vencido
Agora estou tão inseguro
Pelo destino fui traído!
Refrão:
Eu sei (eu sei, eu sei)
Não me precisa me dizer
(eu sei, eu sei)
Sei que sou um perdedor
(eu sei, eu sei)
Não nasci para vencer.
Não tenho vocação para herói
Tampouco tenho pinta de galã
Confesso que às vezes isso dói
A garota não me quis porque é sã.
Não tenho um grande emprego
E nem carro importado
Eu moro de aluguel
E nem sou bem dotado.
O meu fusquinha branco
Eu tive que vender
Para pagar as contas
E ter o que comer.
Refrão:
Eu sei (eu sei, eu sei)
Não me precisa me dizer
(eu sei, eu sei)
Sei que sou um perdedor
(eu sei, eu sei)
Não nasci para vencer.
No futebol eu nunca fui o tal
Na escola nunca fui o maioral
Com o tempo acabou minha vontade de ganhar
Minha fama se espalhou
Ele não nasceu para reinar.
E eu aceitei da vida
O que ela quis me dar
E assim, perdi em dobro
Pois desisti de lutar.
Refrão:
Eu sei (eu sei, eu sei)
Não me precisa me dizer
(eu sei, eu sei)
Sei que sou um perdedor
(eu sei, eu sei)
Não nasci para vencer.
Eu sempre fui bom moço
E tentei ser honesto
Mas por ser um perdedor
Todos dizem que eu não presto.
Pensei que ainda tinha futuro
Tentei não me dar por vencido
Agora estou tão inseguro
Pelo destino fui traído!
Refrão:
Eu sei (eu sei, eu sei)
Não me precisa me dizer
(eu sei, eu sei)
Sei que sou um perdedor
(eu sei, eu sei)
Não nasci para vencer.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Letra de música/01
Acredito que letras de música também podem ser fonte de Literatura. Por isso, postarei também as letras que comecei a escrever. Só não vou me atrever a cantá-las. As pessoas sairiam correndo. hahaha! Essa é uma composição pequena. Não costumo me prolongar tanto.
I believe that letters song can be a fountain of Literature too. So, I`ll post here some lyrics I started to write. But I won`t sing or, in this case, people would run away, hahaha! This is a small composition. I don`t use to write too long lyrics.
Let’s try again
Leaves are falling outside
And you’re not out of my mind
Autumn is coming
Our love is ruinning
And I don’t understand why
When you come
Please stay for a while
My sweet, let’s talk
Or go out, just for a walk
Let’s try again...
Soon winter will come
We will fix our home
Tell me what is so wrong
Please, be strong
Don’t let our passion die
I wanna be by your side
My sweet, let’s talk
Or go out, just for a walk
Let’s try again...
Tradução!
Vamos tentar de novo
As folhas estão caindo lá fora
E voce não está fora do meu pensamento
O outono está chegando
Nosso amor está ruindo
E eu não entendo porque
Quando voce vier,
Por favor, fique um pouquinho.
Meu amor, vamos conversar
Ou sair, para caminhar um pouco
Vamos tentar de novo...
Logo o inverno chegará
Nós vamos consertar nosso lar
Me diga o que está errado
Por favor, seja forte
Não deixe nossa paixão morrer
Eu quero estar ao seu lado
Meu amor, vamos conversar
Ou sair, para caminhar um pouco
Vamos tentar de novo...
I believe that letters song can be a fountain of Literature too. So, I`ll post here some lyrics I started to write. But I won`t sing or, in this case, people would run away, hahaha! This is a small composition. I don`t use to write too long lyrics.
Let’s try again
Leaves are falling outside
And you’re not out of my mind
Autumn is coming
Our love is ruinning
And I don’t understand why
When you come
Please stay for a while
My sweet, let’s talk
Or go out, just for a walk
Let’s try again...
Soon winter will come
We will fix our home
Tell me what is so wrong
Please, be strong
Don’t let our passion die
I wanna be by your side
My sweet, let’s talk
Or go out, just for a walk
Let’s try again...
Tradução!
Vamos tentar de novo
As folhas estão caindo lá fora
E voce não está fora do meu pensamento
O outono está chegando
Nosso amor está ruindo
E eu não entendo porque
Quando voce vier,
Por favor, fique um pouquinho.
Meu amor, vamos conversar
Ou sair, para caminhar um pouco
Vamos tentar de novo...
Logo o inverno chegará
Nós vamos consertar nosso lar
Me diga o que está errado
Por favor, seja forte
Não deixe nossa paixão morrer
Eu quero estar ao seu lado
Meu amor, vamos conversar
Ou sair, para caminhar um pouco
Vamos tentar de novo...
Assinar:
Postagens (Atom)