segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Poesia/103

Silêncio


Silêncio, meu ombro amigo
Agora é minha companhia
Silêncio, sente aqui comigo
Pois se foi minha alegria
O amor acabou
Numa madrugada fria
E você se instalou como devia
Já outras vezes eu notei
A sua presença forte
Antes de um primeiro beijo
Ou mesmo diante da morte
E quando acaba o Carnaval
Ou qualquer outra festa
Ali está você tão banal
É tudo o que nos resta
Silêncio, me sirva de abrigo
Por um minuto ou uma hora
Silêncio, agora eu lhe digo
Não se atreva a ir embora
Em tantas datas lhe encontrei
Meu bom e velho conhecido
Confesso: só quando você grita
É que me incomoda estar contigo.

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