Thiago abriu os olhos lentamente. Tudo era branco, insuportavelmente branco. O cheiro ao redor era familiar e horrível: cheiro de hospital. Aos poucos, tentou se mexer, mas o corpo, fraco, já não respondia.
Mais um minuto e ele estranhou o silêncio. Sentiu-se só. Onde estavam as enfermeiras? O médico? Pior: onde estavam os amigos, os colegas de trabalho, a família? Aquela doença que o matava também lhe impusera a solidão.
De repente, sentiu um toque caloroso. A mão que também tinha acabado de acordar lhe segurava com força. Thiago moveu um pouco a cabeça. O suficiente para dizer ao homem a quem amava:
- Que bom que você continua aqui...
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