quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Microconto/10

Saiu da sala sem dizer nada.
- Leo, espera! - mas ele não tinha mais nada a esperar.
Na rua, o sol lhe bateu no rosto sem piedade. A vida corria e todos tentavam acompanhá-la, apressados. Era uma típica manhã de terça-feira.
Ela o alcançou, tocou-lhe o ombro:
- Me perdoa?
- Tudo bem. Agora acabou. - ele disse - e deu-lhe as costas, disse que estava apressado. Mas a pressa era apenas a de ficar sozinho.
Seguiu cabisbaixo de volta para casa. No caminho, tentou pensar que aquilo era um alívio, que poderia respirar novamente, que não precisava mais viver com aquela dúvida. Não era o pai do garoto. Mas no fundo, gostaria que aquele resultado tivesse dado positivo.

2 comentários:

Unknown disse...

muito bom, curti o texto mocinha! visitarei com frequencia .. beijos

Cristina Aqüa Boy ®

????? disse...

Perfeito! Parabéns pelo conto, pelo blog e pelo projeto: nenhum dia sem escrever.

Sucesso!

http://alma-feminina.blogspot.com