quinta-feira, 6 de maio de 2010

Crônica/11



O riso – parte II

Alguns estudiosos dizem que o riso nasceu com as comédias gregas. Ué, mas antes disso, ninguém ria? Outros especialistas afirmam que o riso nasceu no paraíso, quando Adão e Eva comeram a maçã e Eva olhou aquela coisinha entre as pernas de Adão e começou a gargalhar. Bom, não importa de onde o riso veio, o que importa é rir – de uma piada, de uma história contada num livro, de uma situação cômica e até de nós mesmos.
Por falar em rir de si mesmo, me lembrei agora de uma fábula chamada “A princesa que nunca ria”. O rei perde a esposa e, por isso, bane o riso do reino. Sua única filha cresce cercada de seriedade. Até que um dia, descobre a palavra “riso” no dicionário e exige do pai: quer rir, precisa rir. Se isso não acontecer, ficará trancada para sempre dentro do quarto. O rei chama comediantes dos quatro cantos do país, mas é um criador de porcos que, ao contar a história da própria princesa para ela, a faz rolar de tanto dar risadas.
Há vários tipos de riso. Tem aquele contido, tem aquele estrondoso, tem o comum. Tem aquele que dá dor de barriga, tem aquele que soa como “hahaha” e tem aquele que soa como “hehehe” e tem também o riso virtual que se escreve geralmente assim: “rs”.
Apesar de ser algo natural e gostoso, o riso tem lá suas regras – instituídas, claro, pela sociedade, para a boa convivência entre todos. Exemplos? Não se deve rir com a boca cheia; rir em funeral, nem pensar!; nada de rir quando soltar pum, isso é coisa feia. Não ria quando seu chefe for trabalhar com uma roupa extravagante, não ria se sua namorada tentar fazer um striptease e cair de quatro no chão. Há mais dessas “regras”, mas acho que já deu para entender o espírito da coisa, certo?
Com o tempo, todo mundo aprende quando deve ou não deve rir – ainda que nem todos queiram ou consigam segurar o riso.
Sabe, voltando agora a questão do surgimento do riso, eu gostaria de dizer que tenho minha própria teoria sobre o assunto: acho que o riso nasceu quando Deus fez a Terra e tudo que há nela. Ao final do trabalho, ele olhou o mundo e disse “Mas que beleza!” e deu uma risada daquelas bem gostosas, tamanha era sua satisfação.

Fonte da imagem: Blog da Angelina Andrade

Nenhum comentário: