09 meses escrevendo, quem diria. Eu consegui!! :D
Bom, desde o começo deixei claro que alguns dos textos já estavam prontos antes d'eu começar o blog, então isso acabou deixando as coisas mais fáceis - pelo menos por um tempo, hehe.
Foram 276 textos:
* 59 Microcontos
* 116 Poesias (entre estas, um soneto torto)
* 13 Poetrix
* 32 Crônicas
* 05 Haicais Guilherminos
* 15 Contos
* 01 Trova
* 04 Microdísticos
* 03 Minitrovas
* 09 Poesias em outras línguas
* 01 Quadrinho
* 11 Poesias de versos livres
* 02 Letras de músicas
* 01 resenha
* 03 artigos
* 01 postagem inicial, que classifiquei como Romance.
Que orgulho de mim!
O blog vai permanecer no ar, mas agora é hora de tirar férias!
Até breve!
Tatyana França, aspirante a escritora, decidiu fazer seu próprio projeto literário. Assim, nasceu o Nulla dies sine linea: 09 meses de textos nos mais variados estilos. O desafio foi cumprido: nenhum dia sem postar, de 14 de março a 14 de dezembro de 2010!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Microconto/59
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Poesia/116
Quando eu escrevi aquelas cartas
Quando eu escrevi aquelas cartas,
mandei para longe mensagens importantes
Disse que sentia saudades
Contei as novidades
ou iniciei uma conversa
(sem pressa)
Quando eu escrevi aquelas cartas,
meu corpo se tornou papel
E viajou em aviões, navios e caminhões
Para saudar meus destinatários
(amigos-destino)
Quando eu escrevi aquelas cartas,
de alguma forma abracei meus afetos
E, antes mesmo que alguém me respondesse,
também me senti abraçada
(recebida, lida e amada).
Quando eu escrevi aquelas cartas,
mandei para longe mensagens importantes
Disse que sentia saudades
Contei as novidades
ou iniciei uma conversa
(sem pressa)
Quando eu escrevi aquelas cartas,
meu corpo se tornou papel
E viajou em aviões, navios e caminhões
Para saudar meus destinatários
(amigos-destino)
Quando eu escrevi aquelas cartas,
de alguma forma abracei meus afetos
E, antes mesmo que alguém me respondesse,
também me senti abraçada
(recebida, lida e amada).
domingo, 12 de dezembro de 2010
Poesia/115
Esse poema foi escrito no final de 2008. Na época, meu intento era de enviá-lo para uma promoção. O objetivo era escrever algo para o Papai Noel (!), dizendo porque você deveria ganhar uma viagem para... Bom, já não me lembro mais qual era o lugar! hahaha. Como estamos nessa época de Natal, avaliando o que fizemos ao longo de mais um ano e eu também estou sem opções de texto, decidi postar esse aqui. :)
Ao Papai Noel
Ah, Noel, meu caro
Bom menino é bicho raro
Mas te afirmo em bom tom:
Fui boa moça, sim senhor!
Na boemia, me esbaldei
Cantei, dancei, corri, gritei.
Em casa, fui bem melhor
Tomei vinho com vovó
Na faculdade, sensacional
No trabalho, ralei geral.
Afinal, nem só de vinho
Vive a sua boa moça!
Noel, meu caro, eu fiz de tudo
A meu modo, ganhei o mundo.
Talvez tenha falhado um pouco,
Mas ainda assim, fui boa moça
Boa não por ter bebido,
boa não por ter esquecido
Tampouco por ter sumido uns dias
Com o namorado! (Ops...)
Fui boa moça porque amei
Porque me entreguei sem pensar
Fui boa moça porque sonhei e
Fiz o que pude pra mudar
Mudar o mundo ao meu redor
e tenha certeza: pra melhor!
E agora, sem delongas,
Trago aqui a sua conta (nada mais que meu pedido)
Uma passagem de avião
Porque uma boa moça merece
Boas férias.
Pedido concedido? Ou não?
Fonte da imagem: Fórum Tíbia BR
Ao Papai Noel
Ah, Noel, meu caro
Bom menino é bicho raro
Mas te afirmo em bom tom:
Fui boa moça, sim senhor!
Na boemia, me esbaldei
Cantei, dancei, corri, gritei.
Em casa, fui bem melhor
Tomei vinho com vovó
Na faculdade, sensacional
No trabalho, ralei geral.
Afinal, nem só de vinho
Vive a sua boa moça!
Noel, meu caro, eu fiz de tudo
A meu modo, ganhei o mundo.
Talvez tenha falhado um pouco,
Mas ainda assim, fui boa moça
Boa não por ter bebido,
boa não por ter esquecido
Tampouco por ter sumido uns dias
Com o namorado! (Ops...)
Fui boa moça porque amei
Porque me entreguei sem pensar
Fui boa moça porque sonhei e
Fiz o que pude pra mudar
Mudar o mundo ao meu redor
e tenha certeza: pra melhor!
E agora, sem delongas,
Trago aqui a sua conta (nada mais que meu pedido)
Uma passagem de avião
Porque uma boa moça merece
Boas férias.
Pedido concedido? Ou não?
Fonte da imagem: Fórum Tíbia BR
sábado, 11 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Microconto/58
Na cozinha, uma sacola com pães velhos; no quintal, farrapos secavam no varal.
E no quarto, que também servia de sala, Maria ainda estava acordada. Piscavam as luzinhas de um pinheiro de plástico, comprado pela mãe no mercado popular.
Maria perguntava por que Papai Noel não chegava nunca para entregar seu presente de Natal. Ao seu lado, a mãe tomava coragem para lhe contar, na véspera do Natal, que para ela Papai Noel talvez nunca existisse.
E no quarto, que também servia de sala, Maria ainda estava acordada. Piscavam as luzinhas de um pinheiro de plástico, comprado pela mãe no mercado popular.
Maria perguntava por que Papai Noel não chegava nunca para entregar seu presente de Natal. Ao seu lado, a mãe tomava coragem para lhe contar, na véspera do Natal, que para ela Papai Noel talvez nunca existisse.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Microconto/57
Amarrado e desesperado dentro da lancha, Jean ouviu Ingrid dizer:
- De todas as coisas que você me jurou, ao menos essa vai se cumprir.
Ela atirou. Depois, jogou o corpo no mar.
Jean morreu antes de cair na água, ao lado dela, exatamente como prometera.
(Como diz a canção: "Tu es foutu!").
- De todas as coisas que você me jurou, ao menos essa vai se cumprir.
Ela atirou. Depois, jogou o corpo no mar.
Jean morreu antes de cair na água, ao lado dela, exatamente como prometera.
(Como diz a canção: "Tu es foutu!").
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Poesia/114
Menina de tranças coloridas
Me nina com tua cantiga
Enquanto eu me distraio
Com teu cabelo multicor (amor)
Me ilumina
Com tua aura clara
Nasce pra mim, joia rara
Sol do meu dia
(poesia).
Me nina com tua cantiga
Enquanto eu me distraio
Com teu cabelo multicor (amor)
Me ilumina
Com tua aura clara
Nasce pra mim, joia rara
Sol do meu dia
(poesia).
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Microconto/56
Na praia, Mirela estava se afogando. Rodrigo, corajoso, enfrentou o mar e a tirou de lá.
Já na areia, ele soprou ar para dentro dos pulmões dela.
Em volta, todos olhavam, na maior expectativa.
De repente, Mirela reagiu. Cuspiu fora um tanto de água, tossiu e tossiu. E aos poucos, foi se recuperando.
Quando conseguiu olhar para o homem que entrara no mar para salvá-la, atirou-se em seus braços, agradecida.
E daqueles braços não saiu de jeito algum. Foi mais que gratidão. Ela simplesmente se apaixonou por aquele que tinha lhe devolvido a vida.
Já na areia, ele soprou ar para dentro dos pulmões dela.
Em volta, todos olhavam, na maior expectativa.
De repente, Mirela reagiu. Cuspiu fora um tanto de água, tossiu e tossiu. E aos poucos, foi se recuperando.
Quando conseguiu olhar para o homem que entrara no mar para salvá-la, atirou-se em seus braços, agradecida.
E daqueles braços não saiu de jeito algum. Foi mais que gratidão. Ela simplesmente se apaixonou por aquele que tinha lhe devolvido a vida.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Crônica/32
A visitante
Todo dia, palavras me cutucam, nervosas, agitadas ou simplesmente alegres e com vontade de se expor. Às vezes, estou de mau humor e não dou bola. Outras vezes, preciso falar delas, caso contrário, não me deixam em paz.
Hoje, uma palavra veio me ver. Conversamos bastante, essa palavrinha e eu. De tempos em tempos, ela me ronda. Eu a vejo me observando com seus olhos marejados e tento não olhar para ela, mas é difícil. Comentei sobre essa vigilância e ela me respondeu:
- É que você me chama constantemente com seus pensamentos. Você não sabia disso?
Eu imaginava.
Então, hoje eu tinha que escrever sobre essa palavra, para amaciá-la um pouco e para tentar me aliviar também.
Palavrinha esperta essa que me visita. Sabe tanto. Me fala de fatos, viagens, dias ociosos, noites enlouquecidas, amigos, lugares, canções, paixões, sonhos. E eu escuto, com a maior atenção, a saudade me contando causos e coisas de mim mesma.
(Para todas as minhas saudades).
Todo dia, palavras me cutucam, nervosas, agitadas ou simplesmente alegres e com vontade de se expor. Às vezes, estou de mau humor e não dou bola. Outras vezes, preciso falar delas, caso contrário, não me deixam em paz.
Hoje, uma palavra veio me ver. Conversamos bastante, essa palavrinha e eu. De tempos em tempos, ela me ronda. Eu a vejo me observando com seus olhos marejados e tento não olhar para ela, mas é difícil. Comentei sobre essa vigilância e ela me respondeu:
- É que você me chama constantemente com seus pensamentos. Você não sabia disso?
Eu imaginava.
Então, hoje eu tinha que escrever sobre essa palavra, para amaciá-la um pouco e para tentar me aliviar também.
Palavrinha esperta essa que me visita. Sabe tanto. Me fala de fatos, viagens, dias ociosos, noites enlouquecidas, amigos, lugares, canções, paixões, sonhos. E eu escuto, com a maior atenção, a saudade me contando causos e coisas de mim mesma.
(Para todas as minhas saudades).
domingo, 5 de dezembro de 2010
Crônica/31
Distrações
Uma vez, quase coloquei minha calcinha para secar dentro da geladeira.
Outra vez, quase comprei cevada ao invés de café e milho no lugar do feijão.
Cheguei perto de jogar minha escova de dentes no lixo.
Costumo esquecer de pôr as meias para lavar.
Também é costume esquecer de fazer o que me pedem. Preciso anotar, se não, a memória coloca outra coisa no lugar - ou deixa um vácuo mesmo.
Meu finado peixinho Moby Dick - que Deus o tenha - morreu justamente porque esqueci de limpar o aquário e de dar comida a ele... por uma semana! É por isso que há tempos não me arrisco a ter outro bicho de estimação.
Ah, também já fiz confusão com nomes, incluindo gênero: chamei um rapaz de moça; tudo bem que se parecia muito com uma, entretanto eu podia ter tido mais atenção. Felizmente, o rapaz não se ofendeu. Pelo contrário: riu.
É, eu sempre fui meio distraída; digo "meio" porque não posso ser considerada um completo desastre por causa dessas eventos, principalmente porque muitos ficaram no quase.
Mas de todas as minhas distrações, considero a pior o fato de não dizer a algumas pessoas o quanto eu gostava (e gosto) delas - de estar com elas, de conversar com elas e tudo mais. Aliás, dizer eu dizia, mas acho que ainda assim, não fazia isso constantemente. E a gente sabe que às vezes não basta só nossa presença; palavras também se fazem necessárias.
Agora que estou longe de muitas dessas pessoas é que penso no assunto. Tento manter contato, mas sei que ainda falho bastante.
Bom, pelo menos ninguém pode me acusar de esquecer aniversários. Nisso eu não falho. Precisava compensar meus deslizes com algo, não é?
E assim, vou levando a vida: distribuindo sempre parabéns e com a metade da cabeça no mundo da Lua.
Uma vez, quase coloquei minha calcinha para secar dentro da geladeira.
Outra vez, quase comprei cevada ao invés de café e milho no lugar do feijão.
Cheguei perto de jogar minha escova de dentes no lixo.
Costumo esquecer de pôr as meias para lavar.
Também é costume esquecer de fazer o que me pedem. Preciso anotar, se não, a memória coloca outra coisa no lugar - ou deixa um vácuo mesmo.
Meu finado peixinho Moby Dick - que Deus o tenha - morreu justamente porque esqueci de limpar o aquário e de dar comida a ele... por uma semana! É por isso que há tempos não me arrisco a ter outro bicho de estimação.
Ah, também já fiz confusão com nomes, incluindo gênero: chamei um rapaz de moça; tudo bem que se parecia muito com uma, entretanto eu podia ter tido mais atenção. Felizmente, o rapaz não se ofendeu. Pelo contrário: riu.
É, eu sempre fui meio distraída; digo "meio" porque não posso ser considerada um completo desastre por causa dessas eventos, principalmente porque muitos ficaram no quase.
Mas de todas as minhas distrações, considero a pior o fato de não dizer a algumas pessoas o quanto eu gostava (e gosto) delas - de estar com elas, de conversar com elas e tudo mais. Aliás, dizer eu dizia, mas acho que ainda assim, não fazia isso constantemente. E a gente sabe que às vezes não basta só nossa presença; palavras também se fazem necessárias.
Agora que estou longe de muitas dessas pessoas é que penso no assunto. Tento manter contato, mas sei que ainda falho bastante.
Bom, pelo menos ninguém pode me acusar de esquecer aniversários. Nisso eu não falho. Precisava compensar meus deslizes com algo, não é?
E assim, vou levando a vida: distribuindo sempre parabéns e com a metade da cabeça no mundo da Lua.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Poesia/113
Desejo que a vida não te seja breve,
Tampouco pesada;
E que tenha a beleza de uma alvorada.
Que te ensine uma coisa a cada dia
E não deixe nunca de te mostrar a poesia
Que existe por aí.
Te desejo que essa mesma vida,
essência que nos habita (às vezes meio escondida),
te dê força pra encarar as manhãs
de mais um ano que se inicia agora pra ti.
(Para Lu)
Tampouco pesada;
E que tenha a beleza de uma alvorada.
Que te ensine uma coisa a cada dia
E não deixe nunca de te mostrar a poesia
Que existe por aí.
Te desejo que essa mesma vida,
essência que nos habita (às vezes meio escondida),
te dê força pra encarar as manhãs
de mais um ano que se inicia agora pra ti.
(Para Lu)
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Quadrinho/01
Infelizmente, não disponho de tempo e nem de scanner para postar aqui todos os meus quadrinhos. Portanto, creio que postarei apenas esse, que scaneei em meu antigo local de trabalho (será que eu era feliz e não sabia?).
Os personagens Homem Capacho e Mulher Malvada foram criados em meio às aulas da faculdade, lá pelos idos de 2005. Esse quadrinho é de 2009.
Eu os desenho, de vez em quando. Desenhava mais na faculdade. É, sempre foi difícil manter minha atenção...
Hoje em dia, quando os desenho, mostro para Eduardo e ele ri. Outro dia, me perguntou se a Mulher Malvada era inspirada em mim. Lhe respondi:
- É o contrário: eu sou inspirada nela.
(mas a quem ficou curioso: esclareço que sou apenas uma versão mais light, hahaha).
Voltando aos quadrinhos...
Talvez nem todos partilhem da mesma opinião, mas pelo menos para mim, quadrinho também é literatura. Através de desenhos, com ou sem balões de fala, é possível criar uma história.
Os personagens Homem Capacho e Mulher Malvada foram criados em meio às aulas da faculdade, lá pelos idos de 2005. Esse quadrinho é de 2009.
Eu os desenho, de vez em quando. Desenhava mais na faculdade. É, sempre foi difícil manter minha atenção...
Hoje em dia, quando os desenho, mostro para Eduardo e ele ri. Outro dia, me perguntou se a Mulher Malvada era inspirada em mim. Lhe respondi:
- É o contrário: eu sou inspirada nela.
(mas a quem ficou curioso: esclareço que sou apenas uma versão mais light, hahaha).
Voltando aos quadrinhos...
Talvez nem todos partilhem da mesma opinião, mas pelo menos para mim, quadrinho também é literatura. Através de desenhos, com ou sem balões de fala, é possível criar uma história.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Microconto/55
Formou-se químico. Foi trabalhar numa indústria.
Mas um dia, decidiu trocar de profissão e se tornou chef de cozinha.
Aos que perguntaram o porquê da mudança de ramo, disse:
- Não mudei tanto assim. Cozinhar também é química. E o melhor é que esse tipo de química me dá muito mais prazer.
(Para todos aqueles que arriscam mudanças em nome da própria felicidade). :)
Mas um dia, decidiu trocar de profissão e se tornou chef de cozinha.
Aos que perguntaram o porquê da mudança de ramo, disse:
- Não mudei tanto assim. Cozinhar também é química. E o melhor é que esse tipo de química me dá muito mais prazer.
(Para todos aqueles que arriscam mudanças em nome da própria felicidade). :)
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Microconto/54
Notebook ligado durante a noite.
Ele no banho, ela bisbilhotando.
De repente, um e-mail se sobressai:
era tudo que ela precisava ler, para ter certeza.
Ele ainda amava a outra, que já não o amava.
Não ter contado, isso sim, fora a pior traição.
Ele no banho, ela bisbilhotando.
De repente, um e-mail se sobressai:
era tudo que ela precisava ler, para ter certeza.
Ele ainda amava a outra, que já não o amava.
Não ter contado, isso sim, fora a pior traição.
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